Convivência difícil com minha mãe

Tenho 34 anos, casada há 5 anos e uma filha de 1 aninho. possuímos casa própria, onde morávamos. minha mãe tem 80 anos. uma senhora muito difícil de conviver. sempre sofri por isso…
Desde quando casei, minha maior preocupação foi ”quem iria morar com ela”, já que todos os filhos são casados e tem família. o destino me mostrou uma moça maravilhosa, confiável que passou 4 anos sendo meu anjo da guarda. mas essa moça foi embora para seguir a vida dela. antes de ir embora, conseguimos outro anjo de luz para substituí-la. a qual permanece até hoje connosco.
A primeira, minha mãe aturou a contra gosto. embora seja uma moça maravilhosa, mamãe dizia que não ia com a cara dela. que não se sentia bem na presença dela. minha vida mudou com o nascimento da minha filha, pois chegou a fase que preciso de uma baba e repensei na questão salarial, e cheguei a conclusão que não teríamos condição de pagar mais uma funcionaria, já que a que mora na mamãe é nossa responsabilidade financeira.
Mamãe tem uma saúde fragilizada, possui pressão alta, colesterol alto, diabetes e sequelas de um AVC. Diante todas essas complicações eu sempre achei que ela precisava de uma companhia mais afetiva, mas é ai que mora o problema: a dois meses viemos morar com ela. Mamãe e eu sempre fomos desunidas. um desentendimento horrível. só depois que casei, fui morar na minha casa, foi que nossa relação melhorou. agora voltei junto com minha família a morar com ela. essa opção foi por vários motivos. pela idade avançada, por contar com a moca que mora aqui para ser a baba da minha filha, pois é um momento tenso quem cuidar de uma criança. tive que contratar uma empregada para fazer o serviço domestico, para a casa estar sempre limpa. a única problemática é que minha mãe e eu nunca demos certo. Ela é o oposto de mim. tento ser uma pessoa desapegada materialmente, Tento ser boa e compreensiva com pessoas que trabalham aqui, mas ela é o oposto. Muito dura, possui angustia e muito amarga. Eu sofro muito por isso. Acho que ela também sofre. Toda vez que discutimos, meu desejo é ir embora e nunca mais voltar. Ser a filha ausente, igual aos outros irmãos. Graças a DEUS ela é boa com meu marido. A implicância dela é comigo. sinceramente não sei como agir. Até imagino os conselhos, mas asseguro que é muito difícil.
ps: vim morar aqui, porem assumir algumas responsabilidades de despesas com supermercado baba e empregada. Não viemos ser sustentados por ela. DEUS me livre.

11 Comentários
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s
11 years ago

A sra sua mãe carece talvez de uma profissional mais qualificada para assisti-la. Talvez uma auxiliar de enfermagem ou Enfermeira Padrão. Por mais bondosa que seja, uma empregada doméstica não tem estrutura para cuidar de um idoso, sobretudo se o mesmo tem problemas de saúde. No caso da sra sua mãe, são vários inclusive. É que evitar quedas, prover alimentação mais adequada, saber identificar precocemente problemas de glicemia ou de hipertensão por exemplo, bem assim deixar a medicação organizada e programar o dia-a-dia do paciente, etc., são medidas fundamentais e que podem preservar de problemas extras, além de trazer mais conforto ao próprio idoso e aos seus familiares.
Quanto ao mais, informar-se sobre Grupos de Ajuda de cuidadores de idosos sempre pode ser de grande auxilio para todos os familiares envolvidos. O grupo:
os 3 Ws ponto vox ponto br barra aconchego barra
talvez pudesse ser visitado. Fazer contato e obter informes de grupos semelhantes na sua região pode ser de grande valor. Lá encontrará ferramentas para lidar com as suas emoções em relação à sra sua mãe, bem assim sobre como melhor lidar com o ‘temperamento’ dela.

Naty
11 years ago

Deve ser difícil. Mas ela é sua mãe. E não se pode fugir disso.
Se você é “melhor” que ela em coração e espírito, vai cuidar dela com a máxima paciência. Sabendo que alguns idosos agem como crianças teimosas e muitos são ranzinzas. Da idade.
Minha mãe vive me citando essa frase: ” Uma mãe cria dez filhos, mas dez filhos não cria uma mãe”.
Talvez Deus esteja te testando agora. Então faça a sua parte. Faça o que achar melhor. Mas nunca esqueça que daqui há alguns anos, você também será idosa e precisará de ajuda. E queira Deus então ,que ele coloque em sua vida alguém tão bem intencionado quanto vc. E não estou sendo irônica não. Vi que você é uma boa filha, apesar de sua mãe ser difícil. E ter sido assim, a vida toda.
Que Deus abençoe você e toda sua família. Fique calma. Vai dar tudo certo.
Amém.

dinha
9 years ago

Tenho 33anos uma mãe de 64 e gosto dela mas ela não tem nada de agradavel e e implicante mas agradeco porque ela e maternal e matriarca

Samdra
8 years ago

Minha sogra era difícil desda mocidade. Humilha os empregados de todas as formas e eles vão embora. Quer que todos comam a comida que ela come. Dentre outras coisas que não vou nem relatar. Vive inventado cirurgias desnecessárias, já que na idade dela os médicos só operam em casos extremos. Mas mesmo assim vive em médicos procurando doenças. Já chegou o cúmulo de marcar médico para a semana inteira, só salvou o domingo. Marca em horários difíceis tipo ter que se levantar as 5 horas da manhã. Não marca a tarde porque diz que tem os programas que gosta de assistir na tv. E temos que acompanhá-la porque ela não aceita ajuda de empregados.São tantos atritos que até meu casamento está abalado. Te teu viver em função dela indo a médicos, levando ela para se distrair, mas quando percebi querê-la estava me fazendo de gato e sapato desisti. E faleipro meu marido assumir a mãe dele. Comecei ficar depressiva e vivia dependente de ante-depressivos e calmantes. Toda vez que eu e meu marido saímos ,assIm que voltamo ela nos chantageia dizendo que teve que tomar remédio para o coração porque teve falta de ar. Fala o tempo inteiro que quer morrer e ameaça a parar de tomar os remédios. Desculpe, mais sinto que não consigo mais lidar com ela. Ando triste e sem perspectiva de nada.?

Leticia Vicente
7 years ago

Bem eu gostaria que vocês me ajudassem eu tenho problema com a minha mãe já faz (1)mês foi o seguinte ela é empresária então ela queria escolher um brinco para uma senhora que queria lhe comprar estava aí algumas vizinhas a lhe ajudar o quê que acontece eu tiro dois fios e meto no bolso depois uma vizinha fala “olha depois se a tua mãe contasse em casa iria falar que lhe roubamos enquanto tu é que mexeste depois a minha mãe me deu uma na cara e outra da escosta e eu peguei fui até a minha irmã a chorar eu chorava muito depois ela vem começa a me bater muito e com pm muita brutalidade e o meu pai acorda e começa a lutar com ela é aí as pessoas acodem e terminou só que ela não está a me perdoar de jeito nenhum ela fala de toda hora disso então eu não sei o que fazer nesta situação

Carla
5 years ago

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Se apegue a Jesus ele te ama e cuida de todos os problemas ( quando permitimos que ele cuide). Não procure psicológico, e entre outros que eles nuncam vão te dar a solução verdadeira de todos os problemas. Fica com Deus

FERNANDA
5 years ago

Vivo também uma relação complicada com minha mãe. Tenho 33 anos e sempre fui muito criticada e comparada com as “filhas dos outros” bem sucedidas do ponto de vista dela. Minha mãe me vê como uma fracassada, joga sempre que pode na minha cara diversos erros cometidos no meu passado e escolhas erradas. Ela é extremamente agressiva com as palavras e eu não suporto ficar muito tempo perto dela porque sempre me sinto diminuída, não temos afinidade. Para piorar hoje sou mãe e sempre que ela se sente irritada comigo me amaldiçoa dizendo que irei passar pelas mesmas coisas com meus filhos, sempre me espragueja! Tenho uma filha de 6 anos e fico extremamente preocupada em viver com ela este tipo de conflito, meu desejo é viver uma relação de afeto e cumplicidade com meus filhos, me pergunto como não errar neste sentido, como ser amiga e querida pelos meus filhos.

Maria Ramos
5 years ago

Olá. Discordo de muito conselho aqui. Para quem vive com este problema não é fácil. Um doente não pode cuidar de outro. É como um cego guiando outro. Eu vivo o mesmo com minha mãe. A um ano e dois meses. Estou com problema de saude, pressão alta,e nervosismo. Minha mãe viuva,e somos dois irmãos. Só eu me importo.tanto que parei a vida para cuidar dela.trouxe do interior para morar em Brasília. E ousso coisas absurdas. Meu psicológico esta abalado. E hoje vejo que com um curso de cuidador de idoso, uns meses de enfermagem porque parei o curso por não poder pagar. Não adianta nada sem ajuda de profissionais. Falo de psicologo, psiquiatria, acompanhamento total, alimentação, medicamentos para ela.. Agora vejo que a unica solução é colocar em um lar de idosos por estou sem condições psicológicas para continuar a cuidar. E é o que vou fazer! Porque pela vontade é voltar ao interior morar sozinha,quando já esteve em depressão profunda. Cai muito debilita,com sequelas de um avc. Não acho que devemos abandonar claro. Mas, procurar fazer o nosso melhor. Se não tem condições de cuidar procure quem possa te ajudar a você e sua mãe.

Simone Ribeiro
5 years ago

Gente a minha situação está parecida com a de vocês. Neste fim de ano chamei a minha mãe que tem 68 anos para passa a virada do ano na praia com a minha família. Ela não quis, preferio ficar em casa, a minha irmã ficou com ela. Na noite de réveillon ela fez um show em casa, tomou cerveja quebrou copo surjo a casa. Fez um maior escadalo, maltratar a minha irmã que sofre muito com isso. Fala que está com espírito, que quer sangue. A minha irmã teve que rezar muito para que ela se acalma se e fosse dormir. Todo ano é isso,ela estraga o réveillon da minha irmã que mora com ela, quando acorda não lembra de nada e se faz de vítima. Eu e meus irmãos não aguentamos mais essa situação, somos filhos que a aman, mais não sei o que fazer, com as frustrações dela.

Pepe
4 years ago

Aos 15 de idade mamãe parou de conversar comigo, e sem nenhum motivo aparente, iniciou uma fase de interminável indiferença. Aos 20 comecei a trabalhar, e mamãe aos poucos voltou a conversar comigo, mas de forma monossilábica e apenas o absolutamente essencial.
Até que um belo dia meu irmão mais novo completou 15 anos de idade, e então, ela, my mother, me disse: “Vou parar de conversar com ele”. E parou mesmo. E hoje, tempos depois, percebo que meu irmão ficou mais traumatizado que eu, que venho carregando este pequeno trauma vida afora. Peraí, pequeno? Não! É um trauma prá ser superado. Hoje vejo mamãe duas ou três vezes por ano, sem ressentimentos e sem maiores aproximações. E me lembro de J. Lennon: “Mother, you had me, but I never had you, I wanted you, but you didn’t want me”. É isso.